Chamamos de alopecia a redução parcial ou total de pelos ou cabelos em uma determinada área da pele. 

A queda de cabelo tem alto impacto na aparência tanto masculina quanto feminina. A alopecia androgenética também conhecida como calvície é um tipo muito comum de queda de cabelo na população. Embora mais comum no sexo masculino, estima-se que 80% dos homens com mais de 80 anos sofram do problema, a alopecia androgenética também pode afetar as mulheres. Ela é desencadeada por fatores hereditários e hormonais (androgênio-dependente). Começa a se manifestar na puberdade e na vida adulta. Apresenta um padrão de queda diferente entre homens e mulheres.

O eflúvio telógeno é um tipo de queda de cabelo muito frequente e que assusta bastante. Ocorre um aumento importante da queda dos cabelos na fase telógena relacionada a algumas causas comuns. Entre elas estão a queda pós parto, cirurgias, mudanças hormonais, Covid 19 entre outras.

A queda de cabelo não pode ser menosprezada. A avaliação adequada através da tricoscopia, que é exame não invasivo  realizado no consultório, tem como objetivo estudar as doenças do couro cabeludo e da haste capilar. Além da tricoscopia, pode ser necessária a realização de exames de sangue ou biópsia de couro cabeludo, para complementar a investigação.

Após o diagnóstico correto o tratamento adequado pode ser instituído com segurança. Hoje além de medicações orais e tópicas, outros tratamentos como mesoterapia, radiofrequência microagulhada e a microinfusão de medicamentos na pele (MMP) tem mostrado bons resultados  no tratamento das alopecias.

A dermatite atópica é uma patologia muito comum na infância. Frequentemente está associada à asma e/ou rinite alérgica. Apresenta um curso crônico, com períodos de crise e acalmia. As lesões de pele apresentam vermelhidão e descamação em graus diversos. A coceira também é variável.

O paciente atópico tem uma reatividade da pele anômala. Isso se deve a fatores genéticos, mecanismos imunológicos e não imunológicos.

O ressecamento da pele é um fator constante nos atópicos, pois estes possuem menor proteção cutânea natural. Alguns cuidados como evitar banhos quentes e uso excessivo de sabonetes ajudam no controle, assim como o uso frequente de hidratantes.

Com o avançar da idade há tendência de melhora e até mesmo resolução do quadro de atopia, mas em alguns casos, a dermatite atópica pode permanecer durante a vida adulta.

O acompanhamento desses pacientes é muito importante, pois existem formas de controlar as crises agudas, e instituindo tratamento correto, reduzir o número, a intensidade e duração dessas crises.

Nevos benignos inestéticos, siringomas, lipomas, cistos epidérmicos, xantelasmas são alguns tipos de lesões benignas que podem ser tratadas de forma cirúrgica.

O tipo de tratamento depende da lesão, localização, tipo de pele, entre outros critérios. Alguns tipos de tratamento cirúrgico são crioterapia, eletrocauterização, cauterização química (aplicação de ácidos), infiltrações entre outros.

O câncer de pele é o tipo de câncer mais frequente no mundo. Há três tipos de câncer de pele mais comuns:

• O Carcinoma basocelular é o mais comum entre todos os tipos de câncer, apesar de sua malignidade ele apresenta um crescimento lento e raramente se disseminam além de seu local de origem. Seu tratamento em estágios iniciais são de extrema importância, com índices de cura próximos de 100%. Porém, quanto maior o crescimento do tumor, mais extenso será o tratamento realizado.
• O Carcinoma espinocelular é o segundo tipo de câncer de pele mais comum. Certas lesões pré-cancerígenas ou pré-câncer, muitas delas resultantes do dano solar cumulativo, podem ser associadas ao desenvolvimento futuro do CEC. Carcinoma espinocelular não é exclusivo da pele, acometendo também mucosas, como, garganta, boca, colo do útero, vagina e pênis. Diferente do carcinoma basocelular, o carcinoma espinocelular apresenta risco de gerar metástases, esse risco não é tão alto como no melanoma, mas existe. O diagnóstico precoce é uma das melhores ferramentas para o sucesso do tratamento. O tratamento é primordialmente cirúrgico, sendo que tratamentos não cirúrgicos são a exceção.
• O Melanoma é um dos tipos de câncer de pele mais agressivos, manifesta-se na forma de manchas ou saliências assimétricas, com bordas irregulares, multicoloridas ou castanhas, que crescem com o passar do tempo. Podem surgir como lesões novas ou de nevos pré-existentes. O diagnóstico precoce deste tipo de câncer é fundamental. Por esse motivo, pessoas com múltiplos nevos (pintas), além dos que possuem antecedente pessoal ou familiar de melanoma, e toda a população em geral devem ter a pele examinada por completo no mínimo anualmente.

A acne é uma dermatose dos folículos pilossebáceos que afeta principalmente face e tronco superior. Surge geralmente na puberdade, sendo influenciada por ação hormonal, e pode estar associada a fatores genéticos. Sua fisiopatologia está associada a hipersecreção sebácea, hiperqueratinização folicular e presença de bactérias.

A acne é classificada de acordo com a gravidade, e seu tratamento baseado nessa classificação. Como opções de tratamento temos tratamentos tópicos e sistêmicos que podem ser feitos com antibióticos tópicos, anticoncepcionais e isotretinoína oral.

Se não tratada corretamente a acne pode evoluir para cicatrizes inestéticas. 

Temos ainda acne da mulher adulta, que é a acne  que afeta mulheres com mais de 25 anos e pode ou não estar associada a quadro de hiperandrogenismo. É um quadro que afeta muito a qualidade de vida das pacientes, e estas devem ser avaliadas de forma integral. A avaliação inclui exames clínico e laboratorial, além de análise de estilo de vida. Após o diagnóstic

A psoríase é uma doença inflamatória crônica de causa multifatorial e tem a associação de fatores imunológicos, genéticos e emocionais.  As lesões que podem aparecer na pele, unhas, couro cabeludo e região genital, resultam em grande desconforto e queda na qualidade de vida para a maioria dos pacientes. A psoríase deve ser avaliada quanto às doenças metabólicas e doenças articulares associadas. De acordo com a gravidade do quadro clínico e impacto na qualidade de vida, pode ser decidido entre tratamento tópico e sistêmico (medicações orais e imunobiológicos). Houve grande evolução dos tratamentos nos últimos anos, com melhora importante no controle das lesões, e principalmente com melhora da qualidade de vida.

O vitiligo é uma doença de pele não contagiosa, que causa manchas acrômicas (brancas) em qualquer parte da pele, podendo afetar também os pelos. A origem da doença é desconhecida, mas está relacionada à autoimunidade, fatores endócrinos, genéticos e emocionais. Existem tratamentos tópicos, sistêmicos e fototerapia. A resposta a cada tipo de tratamento é individual.

O melasma resulta da hiperpigmentação da pele na face, podendo estar associado à exposição solar, gravidez  e fatores genéticos e vasculares. Sua causa não está completamente esclarecida.

É uma dermatose crônica e recorrente , de difícil tratamento. O tratamento deve ser feito com uso correto de filtro solar, além do uso de ácidos e clareadores. Em alguns casos podemos indicar o uso de peeling químico, skin needling (microagulhamento) e lasers.